quem somos

Abef

A Associação Brasileira de Educação Farmacêutica (ABEF) foi criada em 2013, a partir do processo de integração da Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico (Abenfar) com a Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico e Bioquímico (Abenfarbio), herdando os patrimônios das duas extintas, bem como os seus associados visando à construção de uma entidade forte e que represente integralmente docentes, discentes, farmacêuticos e todos os demais interessados na melhoria da qualidade da educação farmacêutica do Brasil.

A ABEF é uma entidade liderada por uma Diretoria Executiva Colegiada, com membros provenientes da Abenfar e da Abenfarbio, que compuseram a chapa eleita na Assembleia realizada em São Paulo. O primeiro princípio aprovado para a associação foi de uma “atuação autônoma, pautada em princípios éticos e democráticos, compreendendo o ser humano como o centro do processo educativo”.

A ABEF almeja conquistar mais professores, estudantes e demais interessados em uma educação que promova a formação de farmacêuticos capazes de contribuir com o desenvolvimento de uma nação soberana e socialmente justa.

Objetivos da ABEF:

  • Atuar em prol da melhoria da educação farmacêutica no país, propondo as transformações que atendam às necessidades da sociedade brasileira;
  • Fortalecer e integrar a atuação das instituições de ensino públicas e privadas e dos docentes que tenham como missão precípua a formação, em nível de graduação, pós-graduação, educação permanente e continuada, de profissionais capacitados a atuar em Farmácia de forma crítica e reflexiva;
  • Propor e defender políticas que promovam a qualificação da formação e o aperfeiçoamento do pessoal docente e dos profissionais de Farmácia no país;
  • Representar os interesses da educação farmacêutica perante as autoridades competentes no país;
  • Colaborar com as instituições de educação farmacêutica para a melhoria da formação e pelo fortalecimento do papel social do farmacêutico;
  • Planejar, propor e organizar atividades que visem a melhoria do ensino, da pesquisa, inovação e da extensão de Farmácia no país, subsidiando as discussões sobre os Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação;
  • Propor, elaborar e executar estudos e pesquisas em cooperação com entidades públicas e privadas;
  • Organizar periodicamente encontros nacionais e regionais sobre a educação farmacêutica;
  • Interceder, junto às autoridades, em caso de proposta e/ou revisão de legislação relativa à educação farmacêutica; manter intercâmbio com entidades nacionais e internacionais representativas da educação farmacêutica, bem como entidades governamentais e não governamentais, profissionais e estudantis de farmácia e de áreas afins;
  • Celebrar convênios, acordos, contratos ou ajustes com entidades públicas ou privadas, nacionais ou internacionais para a consecução dos objetivos da entidade; e
  • Manter atualizada a memória da Educação Farmacêutica no Brasil.

A ABEF é uma entidade liderada por uma Diretoria Executiva Colegiada, com membros provenientes da Abenfar e da Abenfarbio, que compuseram a chapa eleita na Assembleia realizada em São Paulo. O primeiro princípio aprovado para a associação foi de uma “atuação autônoma, pautada em princípios éticos e democráticos, compreendendo o ser humano como o centro do processo educativo”.

A ABEF almeja conquistar mais professores, estudantes e demais interessados em uma educação que promova a formação de farmacêuticos capazes de contribuir com o desenvolvimento de uma nação soberana e socialmente justa.

História da ABEF

A ABEF foi fundada em 2013, por meio da fusão da Associação Brasileira de Ensino
Farmacêutico e Bioquímico (Abenfarbio) com a Associação Brasileira de Ensino
Farmacêutico.e duas associações (Abef).
Para saber mais:
– confira no texto abaixo as memórias da Abenfarbio.
-Para conferir a trajetória da Abef – Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico

MEMÓRIAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO FARMACÊUTICO E BIOQUÍMICO – Abenfarbio

A Abenfarbio foi oficialmente fundada em 1965, porém, desde 1948, os professores de Farmácia do Brasil já contavam com uma instituição que defendia seus interesses no âmbito nacional, a Associação dos Professores de Farmácia do Brasil (APFB), fundada em 21 de julho de 1948, na cidade de Curitiba/PR. A APFB realizou muitas ações na década seguinte, até que, por motivos diversos, foi oficialmente substituída pela Abenfarbio.

A Abenfarbio, “em registro, sucessora oficial da APFB”, foi fundada em 25 de janeiro de 1965, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, por ocasião de um congresso nacional de Farmácia em comemoração ao 4º centenário da cidade do Rio de Janeiro – RJ, sob a liderança da Professora Maria Aparecida Pourchet Campos, sua primeira presidente.
A Professora Pouchet Campos, docente da Universidade de São Paulo, farmacêutica de grande expressão e com reconhecimento internacional, gozava de grande prestígio, representando uma liderança forte. Entretanto, as dificuldades eram muitas e as políticas governamentais implantadas desagregavam as profissões, além de desarticular e promover a dissolução das associações de classe.
Em 1969, por meio da Resolução nº 04/69, do Conselho Federal de Educação, consolidou-se a fragmentação do Curso de Farmácia com a implantação da habilitação Indústria e habilitação Bioquímica, com as modalidades Análises Clínicas e Alimentos.
Os ingressantes no curso de Farmácia podiam optar pela graduação apenas em Farmácia, em média, ao final de 3 anos, ou continuar o curso e graduar-se em uma das habilitações mencionadas. Isto propiciou o distanciamento dos professores, reduzindo os avanços das ações de integração discutidas na época. Naquele período, a Abenfarbio já alertava para as consequências da desagregação da profissão e dos possíveis prejuízos para o âmbito profissional.

Sucedeu a Professora Aparecida na Presidência da Abenfarbio o Professor José Carlos Barbério, que levou a termo uma administração com qualidade, essencial para manter uma certa coesão e unidade da categoria docente. Em 1984, o Professor Barbério realizou uma memorável Reunião Nacional de Diretores e Coordenadores de Cursos de Ciências Farmacêuticas (eram, então, 31 unidades de ensino), com uma excelente programação, que conduziu a discussões de alto nível, favorecendo a publicação de um Relatório Final rico em conclusões bastante sugestivas.

O Professor Carlos Couto Castelo Branco sucedeu o Professor Barbério na Presidência da Abenfarbio, a partir de dezembro de 1985. Infelizmente, no decorrer do seu mandato, por motivos diversos, não foi dada maior dinâmica às atividades da Abenfarbio.
Neste entretempo, a profissão farmacêutica, na dimensão internacional, principalmente com a liderança da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as ações locais da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), estava sendo reorientada para crescentes responsabilidades sociais e sanitárias relacionadas ao medicamento. Cada vez
com mais ênfase na assistência farmacêutica, na farmacovigilância, no medicamento genérico, temas que tiveram evidente repercussão na área do ensino.

Em razão do exposto, o Professor José Aleixo Prates e Silva, por determinação pessoal e, mediante carta ao Professor Carlos Couto Castelo Branco, comprometeu-se a assumir pessoalmente a iniciativa de tentar resgatar a Abenfarbio. O Professor Aleixo foi eleito Presidente da Abenfarbio, em outubro de 1999 e, após o devido registro no 3º Cartório de Registro de Titulos e Documentos Civil e de Pessoa Jurídica de São Paulo, deu ciência do fato aos 148 cursos ou faculdades de Farmácia existentes na época, solicitando adesão à Associação. No decorrer do seu mandato, não obstante todas as dificuldades, publicou o estatuto da Abenfarbio, bem como u m Manual de Orientação para elaboração de um Projeto Pedagógico de Curso e o encaminhou a todos os cursos ou faculdades de Farmácia do país.

Atendendo a uma orientação da OPAS, redigiu uma proposta para acreditação dos Cursos de Farmácia na América Latina, que foi apresentada na V Conferência Pan-Americana de Educação Farmacêutica, em Miami (EUA), em maio de 2002 para ser discutida na VI Conferência Pan-Americana de Educação Farmacêutica, em São Paulo, 2005.
A Abenfarbio elaborou extensa lista de compêndios, documentos, solicitações, arrazoados, entre outros, enviados aos ministérios da Educação e da Saúde e suas secretarias, que contribuíram sobremaneira para o crescimento e a organização da profissão e do ensino farmacêutico no Brasil.
A formulação das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, aprovadas e publicadas em 2002, contou com intensa participação e apoio da Abenfarbio, concretizando uma das metas da associação desde 1969. Com a formação farmacêutica única e generalista, criou-se um ambiente propício para agregar os docentes das diversas áreas de atuação profissional, o que fortaleceu as ações da Abenfarbio.

Ao mesmo tempo, a postura de órgãos governamentais de estímulo à criação e às ações destas associações em busca de parcerias para discussão e implantação de novas atividades, reforçou a importância do papel exercido pela Abenfarbio. No período de 2002 a 2006, a Abenfarbio elaborou uma série de documentos em parceria com a Comissão de Ensino do Conselho Federal de Farmácia (CFF), como: sugestões para as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Farmácia; solicitação de inclusão do farmacêutico no Programa de Reorientação das Profissões da Área da Saúde (Pró-Saúde), enviada ao Ministério da Saúde em 2006; defesa da expansão do programa de residência para toda a área da saúde; defesa do âmbito profissional farmacêutico em relação a outros conselhos de classe, e um documento ressaltando a importância da fixação de carga horária de, no mínimo, 4800 horas para o curso de Farmácia enviado ao Ministério da Educação.

Em outubro de 2007, o Professor Aleixo transferiu o cargo para uma diretoria recém-eleita, tendo por presidente o Professor Carlos Cecy. A primeira iniciativa foi transferir a sede da Abenfarbio da cidade de São Paulo/SP para Brasília/DF, e sanar pendências de natureza legal.
Reconhecendo as lutas dos colegas que fizeram a história da Abenfarbio e do ensino farmacêutico no Brasil, a associação continuou a envidar esforços visando a prosperidade educacional e profissional que todos almejam. No período de outubro de 2007 a outubro de 2013, organizou, anualmente, juntamente com o CFF, eventos como os encontros nacionais de coordenadores de cursos de farmácia e as conferências nacionais de educação farmacêutica, além de encontros com comissões de ensino dos conselhos regionais de Farmácia, e lutou incessantemente, pela regulamentação de uma nova carga horária mínima para o curso de Farmácia.

A Abenfarbio participou de inúmeros eventos da área farmacêutica, e antevendo a necessidade de mudanças substanciais no formato tradicional de ensinar, predominante na área da saúde na época, organizou e publicou os livros: Metodologias Ativas – aplicações e vivências em educação farmacêutica, em 2010; Melhoria de
Qualidade em Educação Farmacêutica, em 2011 e a segunda edição do livro:  Metodologias Ativas – aplicações e vivências em educação farmacêutica, em 2013. Todos se esgotaram rapidamente. A associação criou um Boletim informativo na forma de anexo da Revista Pharmacia Brasileira do CFF.

Outro feito memorável foi a elaboração do Programa de Capacitação Docente em Educação Superior, com foco na inovação acadêmica como implantação de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, de avaliações consonantes com as metodologias implantadas, implantação de currículo integrado e de melhoria da qualidade educacional. Bastante abrangente, oferecia capacitação didática e pedagógica nas seguintes áreas: metodologias ativas de ensino e de aprendizagem, currículo integrado, aprendizagem baseada em problemas (PBL), problematização, estudo de casos, discussão em classe, aprendizagem baseada em projetos, uso de tecnologias de informação e EaD, simulação, mapas conceituais, avaliação educacional, entre outras.

Esse programa perpassou diversas instituições de ensino nacionais e atingiu instituições em Portugal e no Peru. Foi um período de valorização da Abenfarbio, que além dos associados individuais, contou com associados institucionais que deram suporte financeiro à infraestrutura física e de pessoal, para a manutenção de suas valorosas atividades.

A Abenfarbio se filiou à Conferencia Iberoamericana de Facultades de Farmácia (Coiffa) entidade que congrega cursos de Farmácia da Iberoamerica. Em 2013, organizou e foi parceira do CFF na realização do V Congresso Iberoamericano de Ciências Farmacêuticas da Coiffa. Na oportunidade, contou com a presença de 25 diretores de cursos de Farmácia da Iberoamerica.

Mais atividades desenvolvidas pela Abenfarbio, no período de 2007 a 2013, podem ser acessadas no Relatório de Gestão da Diretoria desse período.

Em outubro de 2013 a Abenfarbio e a Associação Brasileira de Ensino Farmacêutica (Abenfar), fundada em maio de 2007, uniram esforços para compor uma única associação o que resultou na criação da Associação Brasileira de Educação Farmacêutica (Abef).

A história da Abenfar foi contada no artigo Reflexões Sobre a Trajetória Recente da Associação Brasileira do Ensino Farmacêutico – ABENFAR, disponível aqui.